CONHEÇA OS BENEFÍCIOS DOS COGUMELOS
- Graças Marins
- 27 de abr. de 2015
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Como possuem propriedades antioxidantes, consumi-los é uma ótima opção no combate aos radicais livres, o que resulta em ação protetora contra o câncer, a cirrose e a arteriosclerose Você come cogumelos? Apesar de ainda não ser muito consumido no Brasil, este alimento, que se destaca por oferecer diversos benefícios à saúde e também à dieta devido às fibras presentes em sua composição, vem ganhando cada vez mais espaço no cardápio dos brasileiros. E não é só uma onda impulsionada pelo maior número de pessoas que apreciam a comida japonesa. De acordo com o especialista Luis Celso Possobon, produtor de cogumelos e membro da Associação Nacional dos Produtores de Cogumelos (Anpc/SãoJosé dos Pinhais-PR), “existem milhares de tipos de cogumelos do reino funghi, de diferentes espécies, mas, de valor culinário e terapêutico, temos cerca de 50 variedades com relevância em todo o mundo”, explica.
De acordo com a nutricionista Cátia Medeiros (SP), os tipos mais consumidos em solo nacional são o champignon de Paris, o shiitake e os vários tipos de shimeji, entre eles o preto e o branco seguido de espécies menos populares, como o erynguii, o pleorotus salmão, o portobello e o nameko. Cada um deles apresenta características específicas. “No sabor, eles variam entre mais suaves e mais acentuados e, na textura, há os mais resistentes e fibrosos e, também, os mais macios e delicados”, explica a especialista. Alto valor nutritivo E todos os tipos têm algo em comum: possuem alto valor nutritivo, o que inclui grandes quantidades de proteínas, baixo teor de gordura, além de vitaminas e minerais que contribuem para a saúde como um todo. Devido ao fato de serem ricos em vitaminas A e C, D, betacaroteno, compostos fenólicos, terpenos, entre outras substâncias que apresentam efeitos antioxidantes, consumir alguns tipos de cogumelos pode ser uma ótima opção no combate aos radicais livres, o que segundo a nutricionista Cátia, “implica positivamente em várias doenças como o câncer, a artrite reumatoide, a cirrose, a arteriosclerose, bem como processos degenerativos associados ao envelhecimento”, alerta. Um estudo que revisou várias pesquisas sobre este alimento, publicado pelo Journal of Functional Foods, mostrou que cogumelos são geralmente bem tolerados, com pouca ou nenhuma manifestação de efeitos colaterais. Segundo a pesquisa, a ação sobre os tumores decorrem da presença de polissacarídeos que estimulam a morte de células relacionadas à doença. Cátia explica esse mecanismo: “Isso acontece porque o alimento é rico em betaglucanas, substância que estimula o sistema imunológico, especialmente células chamadas de natural killer, que destroem as células cancerígenas”. O cogumelo-do-sol é a espécie que mais apresenta esse poder. Entretanto, o champignon e o shiitake têm sido consideradas ótimas opções contra a doença. Os tipos em destaque
Outras espécies também têm seu destaque e são mais populares. Estamos falando do champignon de Paris, encontrado em todas as feiras livres e supermercados, o portobello, o cogumelo-do-sol, o shiitake, o hiratake, cogumelo-rei e cogumelo salmão. “Algumas espécies contam com ação antimicrobiana (ajuda a combater micro-organismos prejudicias à saúde)”, diz Cátia. Cogumelos como o shiitake, por exemplo, também são ricos em ácido fólico, substância que, quando em falta no organismo, pode favorecer o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e até mesmo desordens mentais, como a doença de Alzheimer. Outro ponto positivo é o fato de o fungo apresentar alto valor de proteínas, “de 19% a 35%, incluindo todos os aminoácidos essenciais”, alerta a nutricionista Vanderli Marchiori (SP). Porém, apesar disso, o alimento não deve ser visto como um substituto da carne vermelha, como grande parte dos vegetarianos e veganos pensam. “Os cogumelos devem compor a dieta incrementando o aporte proteico, mas não substituí-la por si só. Isto porque a carne vermelha conta com quantidades consideravelmente maiores deste nutriente”, alerta Cátia. Indicado para diabéticos Os diabéticos também podem fazer dos cogumelos grandes aliados. “Várias espécies possuem propriedades hipoglicêmicas, que baixam o açúcar no sangue, devido à quantidade de fibras, polissacarídeos e outros compostos presentes no alimento, como as betaglucanas, que também teriam um efeito antidiabético”, conclui Cátia. Consumo na dose certa Todos os especialistas são unânimes em afirmar que este tipo de vegetal é um alimento seguro, embora existam espécies selvagens venenosas. Os tipos comercializados são variedades que podem ser consumidas por adultos e crianças, sem riscos. Mas como todo tipo de alimento, ele deve estar inserido em uma dieta equilibrada. Quanto à “dose” indicada, não há uma prescrição específica. Contudo, a ingestão indicada, em geral, é de 300 g a 350 g por semana, o que equivale a uma colher (sopa) ao dia.
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